Arcebispo da igreja Anglicana do Brasil, Dom Ricardo Lauriete de Lima (foto), afirmou em entrevista a uma rádio, no último dia 23, que sim! Em psicologia, olhando a forma de os adolescentes expressarem sua “maturidade”, quando se lançam em aventuras diversas e arriscadas: racha, dirigir e pilotar sem carteira, o cigarro, tudo como uma forma de o adolescente dizer aos pais que já cresceram, vemos claramente na liturgia que não cresceram tanto. Pode reparar, normalmente o adolescente se envolve em confusões junto com seu grupinho, ele nunca está sozinho porque precisa de alguém para dividir as responsabilidades, as contingências, porque não as querem administrar sozinhos: eu fiz sim, mas fulano também estava junto, ele também ajudou a fazer!
Não seria mais honesto, mais honroso uma pessoa, que já não é mais nenhum adolescente, admitir sua homossexualidade e assumir a responsabilidade por isso? Não posso aceitar que uma pessoa, preocupada em ser repreendida ou reprovada, por qualquer atitude sua, possa se sentir melhor se sabe que alguma outra pessoa também age da mesma forma. Pior que isso, é se referir diretamente a outra pessoa e fazer afirmações do tipo: “Davi era gay!”.
Primeiro, a amizade de Davi e Jônatas nunca vai servir de modelo para nenhuma forma de relacionamento neste mundo porque ela foge totalmente aos seus paradigmas. Davi definiu-o como um sentimento que “excedia o amor de muitas mulheres”. Paulo diz que é na relação de intimidade, na relação sexual entre um homem e uma mulher que a alma de ambos se tornam uma. Mas Davi colocou o relacionamento dele com Jônatas, o amor que existia entre eles, como algo a não se comparar nem mesmo com o amor de um homem por uma mulher. Paulo fala de intimidade sexual, de erotismo. Contudo, Davi eleva essa relação a um outro nível, algo que excedendo a essa expressão física, da sua realização materializada, ninguém nunca viveu ou poderia compreender. Notem que esse amor não excede ao amor de uma mulher, que já a tornaria uma relação diferente e distante do modelo que citamos, mas ao amor de muitas mulheres.
Segundo, não é um tipo de relacionamento que exige ficar junto, que não aceita se separar, pegajoso, ciumento, que se satisfaça numa relação íntima. Veja o que Jônatas diz: “Vai-te em paz” (1 Samuel 20.42). No caso dos dois, era libertador! Mas notem que a distância não mudaria nada, não quebraria esse elo de amizade verdadeira, pois, Jônatas pede a Davi que se algo acontecesse com ele, que ele não se esquecesse de cuidar da sua família; ou seja: não se esqueça de mim, do nosso carinho, da nossa aliança.
Terceiro, a Bíblia coloca o amor na relação de Jônatas e Davi como algo assexuado, desinteressado, completamente distante do modelo de uma relação erotizada que alguns religiosos querem aproximar. Como colocar a Deus, que condena o homossexualismo como pecado, como testemunha de uma relação dessa natureza? (1 Samuel 20.42) Deus não condena a relação e Davi com Jônatas, Ele a abençoa!
Davi e Jônatas conviviam com um tipo de sentimento e de relacionamento que os levava a uma abstração total, que os conduzia para além do seu tempo e espaço, que não se realizava num ato físico. Seguindo regras básicas de gramática, sabemos que “um beijou ao outro” é bem diferente de “eles se beijaram”. Nem homossexuais nem heterossexuais, absolutamente ninguém poderá comparar seus sentimentos e relacionamentos com os de Davi e Jônatas. Era a mais pura e verdadeira amizade, permeada pela certeza da presença e do testemunho de Deus, que fez Jônatas reconhecer a Davi como rei quando seu pai ainda se assentava no trono, e a abdicar dele, como sucessor, em favor daquele que ele sabia que Deus havia escolhido.
Não sei se o próprio arcebispo Ricardo Loriete é gay. Se for, demonstra não ter nenhuma segurança sobre seus sentimentos e sua sexualidade. Uma pessoa deve assumir e conviver com isso, com suas responsabilidades pelo que é e faz, não precisa apontar e definir a ninguém como gay para se sentir melhor, mais “confortável”. Ore ao Senhor! Todos nós temos acesso ao coração de Jesus quando confessamos nossas falhas, quando o buscamos com sinceridade e desejo de mudar. Se você é gay, não importa, Ele te ama, ninguém pode mudar essa realidade.
pastor Márcio.
É isso que eu penso! Você pensa diferente?
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Até a relação de Jesus com seus apóstolos já foi alvodeste tipo de comentário.
ResponderExcluirAh,se nao fosse a graça...totalmente suficiente,abundante e maravilhosa...
Homossexuais não são combustivel do inferno, mas que aluns são abusados,são!
@An�nimo
ResponderExcluirMeu querido anônimo, não sei se voce realmente acredita, confia e espera nessa graça. Uma coisa nós precisamos entender: as pessoas não são idiotas e sabem fazer uma leitura do que está sendo articulado. Quando você diz: "Ah, se não fosse a graça...",parece que fica não dito: "queima, Jesus! porque é isso que esse povo merece".
Me perdoe, não é juízo, apenas uma impressão vaga.
Acontece que muitos homossexuais são pessoas muito sensíveis e , uma vez atingidos, estão apenas se defendendo, quando atacam a bíblia, a relaçao de Davi e Jonatas, a igeja, a Deus e a tudo que se relaciona com Ele.
Todos sabemos que homossexualismo é pecado, mas pornografia também é, assim como a mentira, hipocrisia, falsidade, o espírito de religiosidade, as palavras torpes, adultério e coisas semelhantes a essas. No fim, o juízo virá sobre todos.
Deus abençoe a você!