Cadeirante, irmã Jaqueline adora a Deus com um louvor na Primeira Igreja Batista de Curitiba e emociana a todos!
Na vida cristã, não medimos a estatura de Deus nas coisas transformadas no modelo que escolhemos influenciados pelos padrões sociais de beleza e sucesso.
Essa moça, provavelmente, nunca vai sair desta cadeira de rodas, nunca vai namorar ou se casar, nunca vai ter filhos, nunca vai se realizar como mulher no sentido de cumprir cada uma dessas etapas ou algumas delas. Contudo, ela sabe que o seu Deus é grande, sabe o quão grande ele é, e ela não canta isso porque chegou enferma à igreja e agora pode sair com um apostolo, bispo ou pastor atrás dela carregando sua cadeira de rodas no ar, chamando a atenção para si e para sua igreja.
O Deus dessa moça é grande por sua essência, não porque possa curá-la! O Deus dela é grande, o meu Deus é grande, o nosso Deus é grande, o Deus do Universo é grande, o Deus que criou o homem à sua imagem e semelhança é grande, o Deus que morreu na cruz é grande, o Deus que chorou na morte de Lázaro é grande, o Deus que tocou o leproso é grande, o Deus que fere e que sara, que dá ávida e torna a tomá-la, é grande.
Davi disse que Deus é grande e poderoso e que sua glória permeia toda a terra. Assim, a glória de Deus está em que Ele mostra sua presença e sua grandiosidade em cada canto da terra, em cada pessoa, em cada gotinha de chuva, nos pássaros, nos peixinhos, em cada grão de areia e em cada partícula de átomo no universo que ele criou.
Não se trata de enaltecer o evangelho da desgraça, da dor, da miséria, mas o evangelho do amor de Deus, dos seus propósitos, da sua soberania, da suficiência de Cristo e da sua graça. É claro que queremos e lutamos por saúde, por um emprego melhor, por melhores condições de vida, isso é justo e honesto. Mas, acima de tudo, sabemos que o poder e a grandeza de Deus não estão condicionados à concretização de nenhum desses desejos para que possamos mensurá-los e julgar se devemos louvá-lo ou não.
Por isso Paulo diz em 1 Tessalonicenses 5.9,10 que "Deus nos adquiriu para a aquisição da salvação, por nosso Senhor Jesus Cristo, que morreu por nós, para que, quer vivamos, quer morramos, vivamos juntamente com ele". Em outras palavras, saudáveis ou enfermos, alegres ou tristes, exaltados ou abatidos, necessitados ou fartos, ou em qualquer outra circunstância, nós somos do Senhor, vivamos juntamente com Ele e plenamente satisfeitos nEle. Na sua presença, no seu cuidado, nisto está a sua grandeza, no mais alto gesto de altruísmo quando se coloca na cruz em nosso lugar. E, se a morte é o pior dos males, o limite inexorável de todo sofrimento, a cruz, então, transitando por todas essas nuances, perpassa a doença, a limitação física, a dor, a tristeza..., e nela, Ele em tudo, se coloca em nosso lugar.
Quando fazia a sua oração, lá no capítulo 3 de seu livro, o profeta Habacuque falava de Israel, falava de si mesmo quando dizia: "Ainda que a figueira não floresça, ainda que a vide não dê o seu fruto (...); todavia eu me alegrarei e exultarei no Deus da minha salvação". Essa moça, para sua mãe que a auxilia, é a figueira de Habacuque que não floresceu, a videira que não deu seu fruto; ela fala de si mesma: quão grande é o meu Deus, o Deus da minha salvação!
É a voz de Jó, parafraseando seu discurso, feito em meio a tanta dor e sofrimento: "Ainda que a minha carne seja consumida pela podridão e a minha pele cole nos meus ossos (...); eu sei que o meu redentor vive e que por fim, ele se levantará em meu favor!
Em Apocalipse, João diz que os anjos adoravam a Jesus cantando que o cordeiro era digno de receber honra, glória, força, poder, louvor e adoração porque ele fora morto, mas que agora vivia. Notem que não é circunstancial, não depende de nada, saúde, prosperidade, paz, beleza, nada! Ele é digno de receber todo o nosso louvor porque Ele foi morto, mas agora vive!
Que lição de adoração, de dependência, de amor e de confiança em Deus a irmã Jaqueline oferece a todos nós!
Que lição de adoração, de dependência, de amor e de confiança em Deus a irmã Jaqueline oferece a todos nós!
Pastor Márcio
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